sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

.leitura e reflexão, aqui não.

Virei Gringo chegou chegando e com apenas um post o blog já é um pequeno sucesso! Muitos amigos e curiosos acessando, alguns comentários... enfim, a coisa tá rolando. Parte do segredo do sucesso de qualquer blog (e principalmente desse aqui) está relacionada à curiosidade das pessoas em saber o que rola na vida de outra pessoa, seja ela conhecida ou não. Quando a pessoa em questão vive uma situação bem peculiar como estou vivendo agora.

Mas a curiosidade é apenas um elemento que faz da leitura deste blog algo interessante, a quem se interessa, claro. O outro fato é o próprio gosto pela leitura, afinal, a base dessa brincadeira é a palavra escrita. Não é Youtube, nem Flickr. Não é vídeo, nem imagem. É palavra, frase, parágrafo. Você lembra de quando aprendeu a ler? Do dia para a noite todo aquele monte de símbolos passa a fazer sentido (às vezes nem tanto) e você não consegue mais olhar as letras sem ler os segredos que elas escondem. É mágico.

E leitura vicia, cuidado! Tem gente que lê sempre que pode. Na fila do dentista, na hora do almoço, no metrô... essas modalidades de leitura são clássicas! Outra paixão entre os leitores é a leitura sentado no trono. Quem não curte tomar contato com as letras, a textura do papel bem naquele momento maior de intimidade? Muitas boas leituras são realizadas no cenário cercado de azulejos, no aconchego do trono lê-se poesia, Foucault, jornal (novo ou velho). É o momento ideal. É o que se chama no cinema de “tempo morto" (quando a fantasia joga com o cotidiano).

Ler sentadinho no vaso é um deleite, ou não é? Atire o primeiro rolo de papel-higiênico quem finge que nunca o fez. E corra para experimentar quem nunca fez de fato. A maldade, meus amigos, é que a dinâmica do frio nos priva deste prazer. Calça grossa, ceroula, cueca. Tudo isso pra manter seus membros inferiores aquecidos. Então, no mágico instante em que você se entrona o frio atinge seu corpinho e arrepia até o último fio de cabelo, da cabeça, claro. Não rola. Ler não dá, tampouco parar para pensar na vida. Bom, ao menos até que inventem um aquecedor de assento sanitário. Existe isso? Será?

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

.pra abrir os trabalhos - 10 NOVAS E ESTRANHAS SENSAÇÕES.

Alô povão, agora é sério! Hoje, dia 13 de janeiro de 2010, faz duas semanas que estou vivendo em Nuremberg, uma cidade de mais ou menos 500 mil habitantes localizada no sul da Alemanha (perto de Munique e Frankfurt). Vocês devem se lembrar desse nome, Nuremberg, da época da Copa do Mundo na Alemanha, quando a seleção brasileira ficou concentrada aqui e nosso querido Galvão Bueno contou todas as histórias possíveis e imagináveis sobre a cidade.

A idéia deste blog é escrever um pouco sobre a vida de um brasileiro em seu cotidiano de simples, curiosas e engraçadas descobertas no novo mundo. Eu, nascido e criado na Baixada Fluminense, estou vivendo minha mais recente aventura e você, sangue bom da fé, vai poder acompanhar um pouquinho do que rolar por aqui. Por hora, digo que Neve é uma coisa muito estranha: é bonita, mais agradável que a chuva, porém, depois que cai vira lama, molha tudo e enche o saco.

Bom, esse é só um poste “abre-alas” de apresentação então não vou me alongar muito. Mas, pra não dizer que não falei de flores, vou colocar aqui algumas das NOVAS E ESTRANHAS SENSAÇÕES que em apenas duas semanas esta terra tem me proporcionado:

# Comer coisas deliciosas que não sei o nome ou não consigo pronunciar corretamente;

# Não chegar em casa completamente suado;

# Sentir mais calor em casa do que na rua;

# Ter um cachorro que não late e não tenta morder os estranhos;

# Gelar a bebida do lado de fora, da janela;

# Usar duas meias e ter que achar isso normal;

# Usar ceroula (!!!) pra não congelar na rua e acabar passando calor nas festas;

# Usar uma mega jaqueta, toca, andar com a cara fechada e não parecer bandido;

# Não comprar bilhete do metrô todo dia e me sentir “dando uma volta” no sistema público de transporte (mesmo já tendo comprado um bilhete para o mês inteiro);

# Viver num bairro bonito, organizado, com coleta de lixo, distribuição de água e luz e que a rapaziada aqui chama de favela.